Uma manifestação convocada por apoiadores do governo ocorreu nesta quinta-feira, 10, em frente ao MASP, em São Paulo, com o objetivo inicial de pressionar o Congresso sobre pautas como a taxação dos super ricos e a isenção do imposto de renda. No entanto, o ato rapidamente se transformou em um protesto contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freitas, em resposta à recente decisão dos Estados Unidos de taxar em 50% produtos brasileiros.
O evento, que começou por volta das 18h, atraiu cerca de 15 mil participantes, segundo o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), superando o número de 12,4 mil manifestantes da última mobilização bolsonarista em julho. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) foi um dos principais articuladores do ato, convocando militantes a se unirem contra os privilégios do Centrão e da extrema-direita.
Durante a manifestação, os participantes expressaram sua insatisfação com gritos de "Fora Tarcísio", em resposta ao apoio do governador a Bolsonaro após o anúncio da sobretaxa. Boulos, em seu discurso, afirmou que o ato era uma defesa do Brasil e criticou Tarcísio, sugerindo que ele deveria buscar votos fora do país. Faixas com mensagens como "Congresso inimigo do povo" e "Congresso da mamata" evidenciaram a polarização entre o Executivo e o Legislativo, refletindo a estratégia de confronto adotada pelo governo.
A mobilização destaca a crescente insatisfação popular com as políticas do governo e a necessidade de diálogo entre as esferas do poder, em um momento em que a economia brasileira enfrenta desafios significativos, exacerbados por decisões internacionais que impactam diretamente o comércio nacional.