Na manhã desta terça-feira, mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro e em endereços associados ao Partido Liberal (PL), legenda que ele integra. As medidas foram determinadas em decorrência de uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga a tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022, após a derrota eleitoral de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou a condenação do ex-presidente, alegando que ele "alimentou diretamente a insatisfação e o caos social" após sua derrota. Caso seja condenado por crimes como organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, Bolsonaro poderá enfrentar uma pena superior a 40 anos de prisão.
Além disso, o ex-presidente já foi condenado em 2023 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político, o que o torna inelegível até 2030. Em resposta aos processos, Bolsonaro afirmou que as ações visam excluí-lo do cenário político devido a sua popularidade nas pesquisas de intenção de voto.
A defesa de Bolsonaro manifestou surpresa e indignação com as medidas cautelares, afirmando que o ex-presidente sempre cumpriu as determinações judiciais. A nota da defesa destaca que eles se manifestarão após ter acesso à decisão do STF.