Mais de 200 crianças foram diagnosticadas com níveis elevados de chumbo no sangue após consumirem alimentos preparados no jardim de infância Heshi Peixin, em Maiji, noroeste da China. As autoridades locais informaram que funcionários da escola adicionaram pó de tinta às refeições para torná-las mais atrativas. Dos 251 alunos matriculados, 233 apresentaram níveis de contaminação acima do considerado seguro, levando 201 a serem hospitalizadas.
Exames em amostras de comida apreendidas revelaram uma concentração de chumbo 2.000 vezes superior ao limite permitido. Em resposta à situação, a polícia prendeu oito pessoas, incluindo a diretora da escola e o investidor responsável pela unidade. O caso gerou desconfiança entre os moradores, que questionaram a veracidade dos exames realizados em hospitais locais, que mostraram índices de contaminação inferiores aos de grandes centros médicos.
Preocupados com a segurança escolar, muitos pais decidiram levar suas crianças para atendimento em Xi'an, a cerca de quatro horas de distância. A contaminação por chumbo pode causar sérios danos ao sistema nervoso central e comprometer o desenvolvimento infantil. Este incidente reabre debates sobre a segurança alimentar na China, um país que já enfrentou escândalos semelhantes, como o caso do leite contaminado com melamina em 2008, que afetou dezenas de milhares de crianças.