Mais de 100 organizações não governamentais, incluindo a Anistia Internacional e Médicos Sem Fronteiras, emitiram um comunicado conjunto nesta quarta-feira, alertando para a crescente crise humanitária na Faixa de Gaza. As entidades destacam que a fome em massa afeta não apenas a população palestina, mas também os trabalhadores humanitários que estão lutando para fornecer assistência em meio a um cenário alarmante.
De acordo com o documento, assinado por 109 ONGs, a média diária de distribuição de suprimentos na região é de apenas 28 caminhões, um número insuficiente para atender a mais de 2 milhões de habitantes. Muitos residentes passam semanas sem receber qualquer tipo de ajuda, enquanto médicos relatam taxas recordes de desnutrição aguda, especialmente entre crianças e idosos.
As organizações chamam a atenção para a deterioração da situação sanitária, com o acúmulo de lixo nas ruas contribuindo para a disseminação de doenças. No comunicado, as ONGs afirmam que o sistema humanitário da ONU não falhou, mas foi impedido de funcionar adequadamente, e pedem medidas concretas para resolver a emergência, incluindo um cessar-fogo imediato e a abertura de passagens terrestres.
O grupo critica ainda as soluções paliativas adotadas até o momento, afirmando que ações fragmentadas não substituem a responsabilidade dos Estados em proteger os civis palestinos. As ONGs concluem que é urgente tomar medidas decisivas para salvar vidas antes que seja tarde demais.