Mães de soldados brasileiros desaparecidos na guerra da Ucrânia enfrentam um duplo sofrimento: a angústia pela falta de informações sobre seus filhos e as críticas recebidas nas redes sociais. Aliteia Cornelo, de Mallet, Paraná, não tem notícias de seu filho, Gabriel Lopacinski, desde que foi informado sobre sua morte em combate, em janeiro de 2025. Desde então, o jovem de 22 anos é considerado 'desaparecido em combate' pelo governo brasileiro.
A situação de Aliteia é compartilhada por outras mães na comunidade ucraniana do Paraná, a maior da América Latina. Maria de Lourdes Lopes da Silva, de Ampére, busca respostas sobre seu filho, Wagner da Silva Vargas, de 29 anos, que também se alistou como voluntário na Ucrânia. Desde junho, ela aguarda notícias após a Embaixada do Brasil em Kiev informar sobre o desaparecimento do jovem.
Ambas as mães expressam a dor de ver seus filhos criticados nas redes sociais por suas escolhas. Aliteia lamenta a falta de empatia nas opiniões alheias, enquanto Maria defende o direito de cada um seguir seus próprios sonhos. Apesar das dificuldades, elas continuam a lutar por respostas, sem guardar mágoas, apenas desejando o retorno de seus filhos.