No Paraná, mães de soldados brasileiros desaparecidos na guerra da Ucrânia vivem um drama sem fim. Aliteia Cornelo, de Mallet, não tem notícias de seu filho, Gabriel Lopacinski, desde 22 de dezembro de 2024, quando foi informado de sua morte em combate. Desde então, ele é considerado desaparecido pelo governo brasileiro, e a falta de informações tem causado um sofrimento diário à família. Além da dor, Aliteia enfrenta críticas nas redes sociais sobre as escolhas do filho, que decidiu lutar pela Ucrânia em defesa de suas raízes.
Outra mãe, Maria de Lourdes Lopes da Silva, também compartilha desse luto. Desde 15 de junho, ela busca informações sobre seu filho, Wagner da Silva Vargas, que partiu em março para lutar como voluntário. Após meses sem notícias, a Embaixada do Brasil em Kiev comunicou seu desaparecimento. Assim como Aliteia, Maria se depara com comentários negativos nas redes sociais, que questionam as decisões de seus filhos.
Ambas as mães ressaltam a importância de respeitar as escolhas individuais e lamentam a falta de empatia nas reações públicas. Aliteia, em um desabafo, afirmou que a crítica apenas agrava a dor da perda. "As pessoas não pensam que uma mãe está lendo", disse. Enquanto isso, a comunidade ucraniana no Paraná, a maior da América Latina, continua a viver a angústia da incerteza sobre seus entes queridos que lutam na guerra.