Goiânia – Ana Laura Costa Silva, de 24 anos, e Alysson Sapucaia Bernardes, de 22, foram condenados na quarta-feira (23) por tortura e homicídio de Gustavo Emanuel, de apenas 1 ano e 3 meses. O crime ocorreu em abril de 2023, em Quirinópolis, onde a família residia. As sentenças, proferidas pelo Plenário do Tribunal do Júri da cidade sob a presidência da juíza Bruna de Oliveira Farias, totalizam quase 100 anos de prisão.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Goiás, Alysson recebeu uma pena de 51 anos e 15 dias, enquanto Ana Laura foi condenada a 46 anos e 8 meses, ambas em regime fechado. O Ministério Público de Goiás (MPGO), representado pela promotora Renata Aline Nunes da Silva, detalhou que Gustavo foi submetido a torturas por cerca de 30 dias, apresentando sinais de agressão, como mordidas, unhas arrancadas e queimaduras de cigarro.
O crime foi descoberto após o casal levar a criança ao hospital no dia 8 de abril de 2023, alegando que ele havia se machucado ao cair enquanto brincava. No entanto, os ferimentos indicavam espancamentos e um possível chute na cabeça, resultando na morte do menino. Durante o julgamento, Alysson admitiu ter mordido Gustavo, mas alegou que se tratava de uma brincadeira. Ana Laura, por sua vez, optou por permanecer em silêncio em parte do interrogatório, alegando ter sido ameaçada por Alysson.
As evidências apresentadas pelo MPGO foram aceitas pelos jurados, que consideraram Ana Laura cúmplice por não denunciar as agressões e por tentar encobri-las, incluindo um alerta enviado a Alysson enquanto Gustavo era atendido no hospital.