A Justiça de São Paulo condenou Ruth Floriano a 40 anos e 10 meses de prisão pelo assassinato de sua filha, Alany Izilda Floriano Silva, de 9 anos. O crime ocorreu em agosto de 2023, quando a mãe, de 32 anos, atacou a criança com golpes de faca, esquartejou o corpo e escondeu as partes em uma geladeira por mais de duas semanas. O júri popular, que se reuniu na última segunda-feira (28), considerou Ruth culpada por homicídio doloso qualificado e ocultação de cadáver.
De acordo com o Ministério Público, a pena foi aumentada em dois terços devido à relação de parentesco entre a ré e a vítima, em conformidade com a "Lei Henry Borel", que classifica como crime hediondo o homicídio de menores de 14 anos. A promotoria destacou que Ruth confessou o crime, alegando que a filha a incomodava após a separação dos pais e que havia pesquisado na internet sobre como cometer o ato.
O crime chocou a sociedade e ganhou notoriedade na mídia. Após o assassinato, Ruth se mudou para outra residência, mantendo a geladeira embalada, o que levantou suspeitas. A sogra da ré abriu a geladeira e encontrou os restos mortais da criança, levando à prisão em flagrante de Ruth pela Polícia Militar. O promotor Daniel Dallarosa ressaltou a psicopatia da ré, evidenciada em perícia, e afirmou que a ausência de empatia não a isenta de responsabilidade criminal.