A Justiça do Rio Grande do Sul decidiu que Gisele Beatriz Dias, de 43 anos, será levada a júri popular pela morte de suas filhas gêmeas, Manuela e Antônia Pereira, de apenas 6 anos. As crianças foram encontradas sem vida em outubro, em um intervalo de oito dias, na cidade de Igrejinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A acusação aponta que Gisele teria cometido o crime por sufocamento, embora investigações iniciais tenham considerado a possibilidade de envenenamento, que foi descartada pela perícia.
O juiz Diogo Bononi Freitas, da 1ª Vara Judicial de Igrejinha, decidiu manter a prisão preventiva de Gisele, que está detida na Penitenciária Feminina de Guaíba desde o mês de outubro. A defesa da ré apresentou um recurso ao Tribunal de Justiça, contestando a decisão e alegando irregularidades processuais, além de solicitar um exame de sanidade mental, que foi negado pelo magistrado.
A defesa argumenta que Gisele apresenta indícios de desconexão com a realidade, conforme apontado em decisões anteriores, e que isso deve ser avaliado por especialistas. A data do júri ainda não foi definida, mas o caso continua a gerar repercussão na sociedade, dada a gravidade das acusações e a natureza trágica das mortes das crianças.