Maceió enfrenta um preocupante aumento no número de picadas por escorpião, com mais de 1.300 casos registrados em um hospital da cidade em 2025. Esse número representa um crescimento de 15% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram atendidos cerca de 1.200 casos. Especialistas alertam para os riscos associados a esses acidentes, especialmente em relação ao escorpião amarelo, considerado o mais perigoso da América Latina.
O biólogo Carlos Fernando Rocha, da Unidade de Vigilância em Zoonoses de Maceió, destaca que o escorpião Tityus serrulatus é o mais comum na região e pode representar um risco à saúde de pessoas de todas as idades. "O veneno desse escorpião é altamente ativo e pode ser fatal", alerta o especialista, enfatizando a necessidade de atenção redobrada da população.
Em caso de picadas, o infectologista Fernando Maia recomenda que as vítimas busquem atendimento médico imediato para avaliação e possível administração de soro antiescorpiônico. Ele ressalta que, na maioria dos casos, o tratamento não requer intervenções adicionais, mas a observação é crucial.
Os locais onde o soro pode ser encontrado em Alagoas incluem diversas unidades de saúde em cidades como Arapiraca, Coruripe e Penedo, além de várias UPAs na capital. A população é orientada a evitar o uso de venenos caseiros, que podem agravar a situação, e a tomar precauções durante o inverno, quando o aparecimento de escorpiões é mais comum.