A LVMH, conglomerado de luxo liderado por Bernard Arnault, registrou uma queda de 3% nas vendas no segundo trimestre de 2025, totalizando US$ 22,95 bilhões. Apesar das previsões pessimistas, a empresa superou as expectativas do mercado e anunciou planos para abrir uma nova fábrica no Texas, onde já possui uma unidade. A decisão ocorre em meio a preocupações sobre o impacto das tarifas impostas pelo governo dos EUA sobre o setor de luxo.
A unidade texana, no entanto, enfrenta desafios, apresentando um desempenho abaixo do esperado. Inaugurada em 2019 com a promessa de gerar mil empregos, atualmente conta com menos de 300 funcionários, segundo fontes. A LVMH recebeu incentivos fiscais significativos do condado de Johnson, incluindo um corte de 75% no imposto predial por dez anos, o que pode resultar em uma economia de US$ 29 milhões para a empresa.
A diretora financeira da LVMH, Cécile Cabanis, destacou que as divisões de vinhos e destilados e de moda e artigos de couro sofreram uma queda de 7% na receita, atribuída à inflação e à diminuição do turismo no Japão. Além disso, a divisão Moët Hennessy enfrentou uma queda de 36% no lucro operacional em 2024, levando Alexandre Arnault a assumir a liderança e implementar mudanças para atrair consumidores mais jovens.
Embora a LVMH não tenha comentado diretamente sobre as tarifas de Donald Trump, a rede Sephora tem contribuído para manter o desempenho no mercado americano. A empresa projeta alcançar US$ 26,06 bilhões em vendas no ano fiscal, apesar das incertezas que permeiam o setor de luxo.