O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou a remoção das grades ao redor do Palácio do Planalto, reafirmando seu compromisso com a democracia. A decisão foi anunciada durante uma coletiva em que o presidente criticou a instalação das barreiras, que ocorreram durante a gestão de Michel Temer, e afirmou que a presença de grades não condiz com um governo democrático. Lula destacou que, caso necessário, as grades poderiam ser utilizadas temporariamente para eventos específicos, mas deveriam ser retiradas assim que não fossem mais necessárias.
A retirada das grades ocorreu em meio a um clima de expectativa por manifestações no fim de semana. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) havia reinstalado as cercas devido a essa previsão. Lula, em resposta a questionamentos sobre sua segurança, afirmou não necessitar de reforços, mas pediu atenção para evitar situações como a invasão do Planalto em 8 de janeiro, quando extremistas de direita tentaram um golpe.
Em contraste, a Praça dos Três Poderes, em Brasília, amanheceu cercada no último sábado (26) por determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes. A Polícia Militar do Distrito Federal cumpriu a ordem, que visava conter acampamentos e manifestações na área, especialmente após um protesto solitário do deputado Hélio Lopes (PL-RJ). A medida gerou restrições ao acesso ao local, que é tradicionalmente visitado por turistas nos finais de semana.