O governo do Brasil, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou nesta quarta-feira (9) a devolução da carta enviada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que comunicava a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A decisão foi tomada após uma reunião no Itamaraty, onde o encarregado de negócios da embaixada americana, Gabriel Escobar, foi convocado para esclarecer a autenticidade do documento.
Escobar, que ocupa a principal posição diplomática dos EUA no Brasil desde janeiro, confirmou a veracidade da carta, que foi divulgada de maneira informal por Trump na rede social Truth Social. A embaixadora Maria Luisa Escorel, responsável pela Secretaria de Europa e América do Norte, expressou sua preocupação com o conteúdo da mensagem, considerando-a "ofensiva" e repleta de "afirmações inverídicas" sobre a relação comercial entre os dois países.
Durante a conversa, Escorel destacou que Trump mencionou um déficit na balança comercial, quando, na realidade, os Estados Unidos apresentam um superávit em suas transações com o Brasil. A devolução da carta reflete a postura do governo brasileiro em relação a ações unilaterais que possam impactar negativamente as relações comerciais bilaterais.