O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que "aqui ninguém põe a mão" em relação à soberania do Brasil sobre seus minerais estratégicos, como lítio, nióbio e terras raras. A declaração foi feita em resposta ao crescente interesse dos Estados Unidos nesses recursos, especialmente após reunião do encarregado de negócios da embaixada americana, Gabriel Escobar, com representantes do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
Raul Jungmann, presidente do Ibram, enfatizou que as negociações sobre os minerais devem ser conduzidas pelo governo federal, conforme estipulado pela Constituição brasileira, que determina que esses recursos pertencem à União. Essa posição é crucial, uma vez que os minerais críticos são essenciais para tecnologias modernas e a transição energética global, incluindo a produção de carros elétricos e turbinas eólicas.
O Brasil, que detém a segunda maior reserva de terras raras do mundo, atualmente responde por apenas 1% da produção global desses minerais. A pressão internacional por esses recursos aumentou, especialmente durante a administração Trump, que buscou garantir o fornecimento de matérias-primas essenciais. Lula destacou a importância de o Brasil não apenas extrair, mas também refinar esses minerais, investindo em pesquisa e parcerias estratégicas para agregar valor localmente.