O governo brasileiro reiterou sua disposição para negociar com os Estados Unidos, mesmo diante da falta de interesse do presidente Donald Trump em estabelecer um canal de diálogo. Durante um evento no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou a esperança de que Trump reconheça a relevância do Brasil e aceite iniciar conversações sobre as recentes tarifas impostas às exportações brasileiras.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também manifestou apoio à abertura de negociações, solicitando ao governo uma prorrogação de 90 dias para a implementação das tarifas, que podem chegar a 50% sobre as exportações do país. Em nota, a CNI destacou a importância do consenso e do bom senso para resolver a questão da taxação, que considera um equívoco.
Na tarde desta segunda-feira (28), no Palácio do Planalto, Lula sancionou um projeto que beneficiará micro e pequenas empresas exportadoras, permitindo a restituição de parte dos tributos federais pagos durante a produção. O projeto, que já havia sido aprovado pelo Congresso, também amplia o regime de drawback, reduzindo custos para as empresas exportadoras.
Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, se reuniram com Lula para discutir estratégias de apoio aos setores afetados pelas tarifas. Alckmin afirmou que um plano de contingência está sendo elaborado, mas os detalhes dependem da definição das medidas americanas que entrarão em vigor.
