O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta sexta-feira, 11, que irá atuar em todas as esferas para contestar a taxação de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As novas alíquotas estão previstas para entrar em vigor em 1º de agosto. Durante um evento em Linhares, no Espírito Santo, Lula argumentou que, segundo os dados da balança comercial, o Brasil deveria ser o país a aplicar tarifas sobre os produtos americanos, uma vez que a relação é superavitária para os EUA.
Lula também criticou a postura de Trump, afirmando que o presidente americano está "mal-informado" sobre a situação comercial entre os dois países. "O Brasil é que tem déficit com os Estados Unidos", ressaltou o presidente brasileiro, enfatizando a importância de uma relação respeitosa, mas também justa. Ele fez referência a um vídeo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que usou um boné com o slogan 'Make America Great Again', sugerindo que isso não deve ser uma forma de esconder a realidade das relações comerciais.
O presidente finalizou afirmando que, caso a taxação se concretize, o Brasil poderá adotar medidas de reciprocidade, afirmando: "Taxou aqui, a gente taxa lá". A declaração de Lula reflete a preocupação do governo brasileiro em proteger a economia nacional diante de medidas unilaterais que possam impactar negativamente o comércio entre os dois países.