O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido alvo de análises por especialistas que consideram sua recente postura de combate às desigualdades sociais como uma antecipação da campanha eleitoral de 2026. Em uma manifestação do PT, intitulada "Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets", Lula compartilhou um cartaz de apoio nas redes sociais, propondo um aumento de tributos para as camadas mais ricas da sociedade.
Fernando Schüler, professor do Insper, destacou que o PT busca revitalizar sua militância digital em um cenário onde a "guerra cultural" parece ter perdido força. Ele observou que, em 2 de julho de 2025, as redes sociais refletiram essa tensão entre os poderes, com temas como "Congresso da mamata" e "agora é a vez do povo" dominando os Trending Topics.
Os especialistas também notaram uma polarização nos discursos para as próximas eleições presidenciais, com candidatos da direita focando em uma agenda conservadora e econômica, enquanto a esquerda busca popularizar a ideia de taxação de grandes fortunas. Schüler ressaltou que, apesar da crise fiscal no Brasil, convencer a população sobre a necessidade de cortes em áreas sociais é um desafio, tornando o discurso de taxar ricos mais atrativo.
Além disso, a ala bolsonarista já projeta o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como um potencial candidato para confrontar Lula em 2026, com uma agenda centrada na economia e um conservadorismo menos combativo. Essa dinâmica reflete a adaptação dos discursos políticos em um cenário eleitoral cada vez mais competitivo.