O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que o sistema de pagamentos eletrônicos PIX não será objeto de negociação em suas relações internacionais, destacando sua importância para a inclusão financeira dos brasileiros. A declaração ocorre em um contexto de críticas do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que apontou o PIX como uma prática desleal que prejudica empresas americanas no Brasil.
Lula argumenta que o PIX, que já é amplamente utilizado por brasileiros de diversas faixas etárias, especialmente aqueles com até 44 anos, representa um avanço significativo na forma como os cidadãos realizam transações financeiras. A nova modalidade de PIX parcelado, que entrará em vigor em setembro, permitirá que 60 milhões de brasileiros sem cartão de crédito possam parcelar suas compras, aumentando ainda mais a adesão ao sistema.
A defesa do PIX por Lula é respaldada por sua popularidade entre a população e pela crítica à resistência de empresas de cartão de crédito, que enfrentam uma queda em sua participação de mercado. O ex-presidente Jair Bolsonaro também se manifestou a favor do sistema, buscando capitalizar politicamente sua criação, que ocorreu durante seu governo, embora tenha sido desenvolvida na gestão de Michel Temer. Segundo fontes próximas a Lula, posicionar-se contra o PIX poderia resultar em um desgaste político significativo, comparável ao enfrentamento das vacinas durante a pandemia.