O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (4 de julho de 2025) que os recursos destinados ao Plano Safra durante seu terceiro mandato não visam conquistar o agronegócio, mas sim reconhecer sua importância para a economia brasileira. A declaração foi feita durante um evento em Duque de Caxias (RJ), onde anunciou investimentos da Petrobras. Lula destacou que, em três Planos Safras, foram disponibilizados o dobro de recursos em comparação aos quatro anos do governo anterior.
Lula enfatizou a relevância do agronegócio para a segurança alimentar e para a construção de uma classe média no Brasil, afirmando que o governo federal lançou os Planos Safras com um total de R$ 594,4 bilhões, com taxas de contratação de até 14%. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), elogiou a mobilização de recursos, mas lamentou que as taxas de contratação estejam mais altas do que o desejado.
Por outro lado, a oposição, especialmente a Bancada do Agro, criticou os anúncios do governo. A senadora Tereza Cristina (PP-MS) atribuiu o aumento das taxas de contratação à “gastança” do governo Lula, que, segundo ela, prejudica o financiamento das atividades agropecuárias. Desde seu retorno ao governo, Lula enfrenta dificuldades em estabelecer um bom relacionamento com o setor, que se mostra cético em relação a uma possível reeleição do petista em 2026.