Em entrevista à CNN Internacional, veiculada nesta quinta-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, foi eleito para governar seu país e não para atuar como 'imperador do mundo'. Lula enfatizou a importância de estabelecer um diálogo antes de qualquer acordo, lembrando que Brasil e EUA mantêm relações diplomáticas há 200 anos.
Lula expressou surpresa com a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada por Trump, e destacou que o governo brasileiro já havia enviado propostas à Casa Branca desde maio. O presidente brasileiro também criticou a falta de multilateralismo na abordagem de Trump e reafirmou que o Brasil está pronto para negociar, mas que a relação entre os países 'não pode continuar assim'.
Além disso, Lula comentou sobre as acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que ele não está sendo julgado pessoalmente, mas sim por atos que tentaram organizar um golpe de Estado. O presidente acredita que Bolsonaro será condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e defendeu a atuação dos ministros da Corte, que, segundo ele, existem para proteger a Constituição.
Por fim, Lula garantiu que o Brasil dará uma resposta adequada à carta de Trump no momento certo, ressaltando que o país prefere negociar pacificamente. Ele também provocou o presidente americano, afirmando que não se considera um 'imperador' e que a comunicação entre os líderes deve ser mais respeitosa e diplomática.