O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (25), que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi mal informado ao acreditar que o ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo perseguido no Brasil. Durante um evento em Osasco (SP), Lula destacou que a situação de Bolsonaro é um assunto da Justiça brasileira, e não uma questão política. 'Ele está sendo julgado com todo o direito de defesa', afirmou.
Lula também mencionou que Bolsonaro tentou dar um golpe de Estado e que há evidências de planos para assassinar ele e outras figuras políticas, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre Moraes. O presidente brasileiro criticou a postura do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que se licenciou do mandato para buscar intervenção nos Estados Unidos, chamando isso de 'falta de patriotismo'.
Em resposta à imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Trump, Lula se colocou à disposição para dialogar e esclarecer a situação. Ele acionou o vice-presidente Alckmin e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para buscar uma solução diplomática. Lula enfatizou a importância de um diálogo respeitoso e afirmou que o Brasil está preparado para discutir as questões levantadas por Trump, que incluem preocupações sobre regulação de plataformas digitais no país.
O presidente brasileiro reafirmou a necessidade de regular as chamadas big techs, argumentando que elas devem respeitar a legislação brasileira e não promover desinformação ou ódio. Lula concluiu que o Brasil deve ser tratado com respeito e delicadeza, assim como ele trata os Estados Unidos e seu povo.