Um artigo publicado pelo "The New York Times" nesta segunda-feira (28) destaca a reação do Brasil às tarifas comerciais impostas pelo governo de Donald Trump, que foram classificadas como uma "ameaça à soberania". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é mencionado como um exemplo da tensão entre as políticas protecionistas dos Estados Unidos e o direito de autodeterminação de nações emergentes. As tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, como café, minério e aço, são vistas como motivadas por questões políticas, ligadas a processos judiciais envolvendo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lula tem se manifestado contra essas tarifas, acusando os Estados Unidos de utilizá-las como instrumento de pressão política e econômica. Em uma declaração citada pelo jornal, o presidente afirmou que "o Brasil não aceitará intimidação". Sua retórica tem ganhado destaque em fóruns multilaterais, consolidando sua imagem como defensor do sul global. O artigo sugere que a escalada verbal entre Brasil e Estados Unidos pode impactar o comércio internacional, criando um efeito dominó em outras nações que enfrentam medidas unilaterais de Washington.
A análise do "New York Times" levanta a questão sobre se o Brasil cederá às pressões de Trump, como outras nações já fizeram, ou se manterá sua posição em defesa da soberania, mesmo diante do risco de perder o acesso ao mercado americano. Atualmente, não há negociações oficiais entre os governos brasileiro e americano, mas uma reunião com autoridades dos Estados Unidos é esperada.