O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta-feira (24) de uma cerimônia no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, onde abordou a recente imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Lula afirmou que, apesar da negativa de Trump em dialogar, o Brasil está aberto a negociações. "Se ele quisesse conversar, pegaria o telefone e me ligaria", declarou.
Durante o evento, que faz parte do I Encontro Regional de Educação Escolar Quilombola do Sudeste, Lula também criticou a postura de Trump, que, segundo ele, se comporta como um "imperador do mundo". O presidente brasileiro ressaltou a importância da soberania nacional, afirmando que o Brasil é "dono do próprio nariz" e que não aceita desaforos. Ele recordou suas interações com presidentes anteriores dos EUA, como Bill Clinton e George W. Bush, destacando a disposição do Brasil para negociar.
Lula ironizou a situação, mencionando que Trump deu um prazo até 1º de agosto para uma resposta do Brasil, caso contrário, as tarifas serão aplicadas. "Se Trump estiver 'trucando', ele 'vai tomar um seis'", brincou, referindo-se ao jogo de cartas. As declarações de Lula refletem a tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos, especialmente em um momento em que as tarifas estão em discussão e a diplomacia é crucial para o comércio bilateral.