O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o evento "Democracia Sempre" em Santiago, no Chile, criticou a utilização do comércio como ferramenta de coação pela extrema direita. Em seu discurso, Lula destacou que esses grupos promovem uma "guerra cultural" e utilizam algoritmos para disseminar ódio e medo. Sem mencionar diretamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Lula se referiu a uma nova forma de consenso antidemocrático que estaria sendo promovida internacionalmente.
O presidente brasileiro enfatizou a necessidade de regular as redes sociais para garantir que não funcionem como "uma terra sem lei", onde a incitação ao ódio e à violência possam ocorrer impunemente. Ele defendeu que crimes cometidos no mundo digital devem ser tratados da mesma forma que os crimes na vida real, ressaltando a importância do equilíbrio entre os poderes para a preservação da democracia.
Lula também comentou sobre a dificuldade crescente em reunir governos progressistas, refletindo sobre a atual situação política global. O evento contou com a presença de líderes de outros países, como Espanha, Colômbia e Uruguai, e abordou temas como defesa da democracia, combate às desigualdades e regulação das tecnologias digitais. Ao final, reafirmou seu compromisso com sua base, afirmando que, ao deixar a presidência, retornará à sua antiga residência, em vez de se mudar para grandes cidades internacionais.