O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou o que chamou de genocídio em Gaza, atribuindo a responsabilidade a Israel, durante a abertura da 1ª sessão da cúpula de chefes de Estado do Brics, realizada no Rio de Janeiro neste domingo (6 de julho de 2025). Em seu discurso, Lula enfatizou que, embora as ações do Hamas sejam inaceitáveis, a comunidade internacional não pode ignorar a matança de civis inocentes e o uso da fome como arma de guerra por parte de Israel.
Lula destacou que a solução para o conflito em Gaza passa pelo fim da ocupação israelense e pela criação de um Estado palestino soberano. O presidente também abordou a guerra na Ucrânia, pedindo um aprofundamento do diálogo entre ucranianos e russos para alcançar um cessar-fogo e uma paz duradoura, mencionando um grupo de negociação entre Brasil e China que, até o momento, não obteve sucesso nas tratativas.
Além disso, Lula criticou o abandono prematuro do Haiti pela comunidade internacional e defendeu a ampliação da missão da ONU no país, que deve combinar ações de segurança e desenvolvimento. Em seu discurso, o presidente fez uma análise crítica do papel das Nações Unidas, afirmando que, apesar dos desafios enfrentados, a organização teve sucessos significativos em sua história, como a descolonização e a proibição do uso de armas químicas e biológicas.
O Brasil, que assumiu a presidência do Brics em 1º de janeiro de 2025, busca promover reformas na governança global e desenvolvimento sustentável durante sua gestão. O bloco, que conta com 11 membros plenos e 10 países parceiros, focará em temas como inteligência artificial, saúde e mudança climática, com a expectativa de avançar nas discussões durante a cúpula.