Lojistas da Rua 25 de Março, em São Paulo, emitiram uma nota nesta quarta-feira (16) para esclarecer a situação do comércio irregular na região, em resposta à investigação aberta pelos Estados Unidos sobre práticas comerciais do Brasil. A União dos Lojistas da 25 de Março afirmou que a presença de produtos piratas é pontual e que as autoridades competentes estão constantemente fiscalizando e combatendo essa prática.
Na nota, os comerciantes ressaltaram que a maioria dos estabelecimentos opera de forma legal e transparente, destacando que os produtos em questão são, em sua maioria, importados da China e não têm relação com os Estados Unidos. A Rua 25 de Março é considerada um dos maiores polos comerciais do país, com mais de 3 mil lojas que geram empregos e contribuem para a arrecadação de impostos.
A investigação dos EUA, anunciada no dia 15 de outubro, visa verificar se o Brasil, por meio do sistema de pagamento eletrônico Pix e da Rua 25 de Março, impõe restrições ao comércio americano. O governo dos EUA alega que a região é um dos principais mercados de pirataria no Brasil, apesar das operações policiais.
Dados do Anuário da Falsificação, da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), indicam que, entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025, foram realizadas 1.587 operações contra a pirataria, resultando em um prejuízo de aproximadamente R$ 471 bilhões ao país devido a perdas tributárias e de faturamento das indústrias legais.