O lipedema, uma condição crônica e progressiva que afeta principalmente mulheres, atinge até 20% da população feminina mundial, segundo a médica radiologista And Yara Gelmini, de Jundiaí (SP). A doença é caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura em áreas específicas do corpo, como coxas, pernas e quadris, e pode ser confundida com obesidade devido à sua aparência desproporcional. Apesar de não ter cura, o lipedema pode ser tratado com acompanhamento multidisciplinar.
And Yara explica que os sintomas do lipedema variam conforme os estágios da doença. Nos estágios iniciais, as pacientes costumam relatar desconforto e acúmulo de gordura que se assemelha à celulite. À medida que a condição avança, surgem dores frequentes, hematomas e uma sensação de peso nas pernas. A condição também se caracteriza pela sensibilidade ao toque e inchaços, diferenciando-se da obesidade, que afeta o corpo de maneira mais uniforme.
O tratamento do lipedema envolve uma abordagem individualizada, incluindo acompanhamento nutricional, exercícios físicos específicos e ajustes hormonais. Apesar de ser uma condição comum, muitas mulheres enfrentam diagnósticos tardios, passando por vários profissionais antes de receberem o diagnóstico correto. A médica ressalta que, embora o lipedema possa afetar homens, a discussão sobre sua manifestação no sexo masculino ainda está em desenvolvimento, com novas pesquisas previstas para um congresso mundial em Roma.