A pressão internacional sobre Israel em relação aos crimes humanitários na Faixa de Gaza aumentou nos últimos dias, atraindo a atenção de líderes mundiais. Em declaração feita nesta quinta-feira, 24, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, classificou a situação no enclave como "indescritível e indefensável", destacando que o sofrimento e a fome da população local atingiram níveis alarmantes. Starmer também anunciou uma convocação de emergência com líderes da França, Alemanha e Itália para discutir a crise.
Simultaneamente, o presidente francês, Emmanuel Macron, utilizou suas redes sociais para informar que a França reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina, uma medida que pode impactar as relações diplomáticas na região.
Mais de 100 organizações humanitárias e de direitos humanos, incluindo Médicos Sem Fronteiras e Save the Children, emitiram um alerta sobre o bloqueio imposto por Israel e a ofensiva militar em curso, que estão levando a população da Faixa de Gaza a uma situação de fome extrema. Em uma carta aberta, 115 entidades expressaram preocupação com a saúde de seus colegas e dos palestinos que atendem.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 48 pessoas morreram nas últimas três semanas devido a causas relacionadas à desnutrição, incluindo 28 adultos e 20 crianças, conforme reportado pela agência The Associated Press.