Desde a ascensão de Mohammad al-Julani, ex-combatente da al-Qaeda, ao governo interino da Síria, o país enfrenta um aumento nas tensões sectárias. Al-Julani, que recentemente abandonou seu nome de guerra e adotou a identidade civil de Ahmed al-Sharaa, tem buscado projetar uma imagem de moderação, mas sua liderança tem sido marcada por violência contra minorias religiosas, especialmente alauítas e cristãos. Relatos de execuções e torturas justificadas como punições a aliados do antigo regime têm alarmado a comunidade internacional.
A Síria, historicamente uma nação de diversidade religiosa, viu suas minorias encolherem ao longo da guerra civil. O governo de al-Julani, classificado como terrorista por muitos, representa uma ruptura significativa em relação ao secularismo dos regimes anteriores de Hafez e Bashar al-Assad. Em 2025, a violência contra a comunidade alauíta na costa síria e um atentado que vitimou 25 cristãos em Damasco evidenciam a gravidade da situação.
A comunidade drusa, que conta com mais de 700 mil membros na Síria, também tem sido alvo de ataques. Após conflitos na região de Suwayda, o exército sírio foi acusado de executar e torturar drusos, elevando as tensões na fronteira com Israel. Em resposta, o governo israelense, liderado por Benjamin Netanyahu, anunciou que protegerá os drusos, enfatizando que a violência contra este grupo religioso não será tolerada. A situação na Síria continua a ser um ponto crítico de instabilidade no Oriente Médio.