O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, apresentou um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando a prisão do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, do PL de São Paulo. O pedido foi formalizado no contexto de um inquérito que investiga supostos crimes cometidos pelo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e obstrução de Justiça.
Na petição, Lindbergh alega que Eduardo, a partir dos Estados Unidos, articulou a imposição de sanções econômicas e diplomáticas contra autoridades brasileiras, como ministros do STF e membros do Ministério Público. O parlamentar classifica essa ação como uma “grave ingerência internacional” e um “ato típico de guerra híbrida”, afirmando que o deputado atua em favor de interesses estrangeiros.
Além da prisão preventiva, o líder petista também pediu ao STF o bloqueio de bens de Eduardo Bolsonaro e a proibição de transações internacionais em seu nome. A deputada Erika Hilton, do PSOL, já havia feito um pedido semelhante. Eduardo Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos, alega ser alvo de perseguição política e sua licença parlamentar se estende até o final de julho. A Polícia Federal investiga se o deputado pressionou autoridades americanas para adotar medidas hostis ao Brasil, e o inquérito foi prorrogado por mais 60 dias a pedido da PF, com autorização de Moraes.