O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), solicitou nesta segunda-feira (21) a suspensão cautelar do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o bloqueio imediato de sua remuneração, incluindo salário e verbas indenizatórias. A solicitação foi feita à presidência da Casa e se baseia em atividades políticas realizadas por Eduardo nos Estados Unidos durante uma licença de 120 dias, que teve início em 20 de março de 2025 e terminou no último domingo, 20 de julho.
Farias argumenta que, mesmo durante o período de licença, Eduardo Bolsonaro utilizou seu título e prestígio político para realizar campanhas contra o Brasil, o que, segundo ele, configura uma violação ao decoro parlamentar. O deputado do PT destacou que Eduardo teria se aproveitado de uma "imunidade simbólica" para atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo brasileiro.
O pedido de cassação de Eduardo Bolsonaro já motivou a apresentação de duas representações no Conselho de Ética da Câmara, datadas de 25 de maio e 11 de julho de 2025, que alegam violação ao decoro, traição à soberania nacional e abuso das prerrogativas constitucionais. Até o momento, a Agência Câmara não conseguiu contato com a assessoria de Eduardo Bolsonaro para comentar as acusações.