Um estudo recente publicado na revista British Journal of Sports Medicine aponta que jogadoras de futebol têm de duas a oito vezes mais chances de sofrer rupturas do ligamento cruzado anterior (LCA) em comparação aos jogadores masculinos. Essa lesão, comum entre atletas da modalidade, é uma das principais causas de afastamento das competições, com cerca de 60 jogadoras das ligas profissionais femininas do mundo se afastando em 2022 devido a problemas no joelho.
O ortopedista William Yousef, do Hospital São Marcelino Champagnat, explica que o futebol é um esporte que exige mudanças bruscas de direção, aumentando o risco de lesões. Mesmo com aquecimento e fortalecimento muscular, as jogadoras estão suscetíveis a essas contusões. Tatielle Alyne, uma atleta de 19 anos, é um exemplo disso; após ser diagnosticada com uma ruptura de menisco, ela iniciou um tratamento conservador e posteriormente precisou passar por cirurgia.
A técnica utilizada na cirurgia de Tatielle foi a videoartroscopia, um procedimento minimamente invasivo que permite uma recuperação mais rápida, geralmente em torno de um mês. O médico ressalta que a dedicação à fisioterapia é crucial para otimizar o retorno ao esporte, com atletas frequentemente dedicando até oito horas diárias ao tratamento. Essa abordagem moderna visa garantir que as jogadoras voltem ao campo em plena forma, contribuindo para a crescente presença feminina no futebol.