A lenda de Naipi e Tarobá, uma narrativa Kaingang, é um dos pilares da identidade cultural de Foz do Iguaçu, revelando a conexão espiritual entre os povos originários e a natureza da região. Segundo a tradição, Mboi, uma divindade serpente que guarda as águas das Cataratas, exigia um sacrifício anual de uma jovem para manter a harmonia entre os humanos e as forças naturais. Naipi, admirada por sua beleza, foi escolhida para o ritual, mas seu amor por Tarobá, um jovem guerreiro, desafiou esse destino trágico. Juntos, eles tentaram escapar, provocando a ira de Mboi, que transformou Naipi em uma rocha e Tarobá em uma palmeira, eternamente inclinada em direção a ela.
A história, que remonta a tempos antigos, continua a ser contada e celebrada em Foz do Iguaçu, permeando o folclore local e influenciando manifestações artísticas e turísticas. Visitantes das Cataratas frequentemente relatam uma sensação única ao se aproximarem do local, como se a natureza estivesse impregnada de um significado sagrado. O Parque Nacional do Iguaçu, com suas impressionantes quedas d'água, serve como um cenário onde a lenda ganha vida, com guias locais compartilhando trechos da narrativa durante os passeios, enriquecendo a experiência dos turistas.
Além disso, a lenda é encenada em apresentações no Marco das Três Fronteiras, reforçando a importância de valorizar as raízes culturais da região e a biodiversidade que a cerca. Assim, a história de Naipi e Tarobá não é apenas um conto do passado, mas um símbolo vivo que continua a conectar as pessoas à rica herança cultural e natural de Foz do Iguaçu.