A fabricante de café Lavazza solicitou nesta quarta-feira (09) um adiamento de um ano na implementação da nova lei da União Europeia que visa combater o desmatamento. Durante um evento em Londres, o presidente da empresa, Giuseppe Lavazza, afirmou que a legislação, que exige que importadores comprovem que suas cadeias de suprimento não contribuem para a destruição florestal, pode prejudicar produtores na África e na América Central, além de elevar os preços do café.
A lei, que já teve sua entrada em vigor adiada para dezembro de 2025, foi criticada por Lavazza, que destacou que o setor do café está menos preparado em comparação ao do cacau, que possui menos países produtores. Ele alertou que a nova regulamentação pode ser mais prejudicial para o mercado de café do que tarifas comerciais, especialmente para países como a Etiópia, que enfrentam dificuldades em atender às novas exigências devido à falta de clareza sobre a propriedade da terra.
A posição da Lavazza contrasta com a de outras grandes empresas, como a Nestlé, que enviou uma carta à Comissão Europeia apoiando a implementação das regras. A Nestlé e outras empresas argumentam que um adiamento prejudicaria a credibilidade da UE e criaria um vácuo regulatório perigoso. A discussão sobre a lei ocorre em um contexto de crescente pressão para a proteção ambiental, especialmente com a proximidade da COP30, que será realizada no Brasil.