Um laudo da Polícia Civil, obtido com exclusividade pelo g1, confirmou que Guilherme Pereira, de 22 anos, foi atingido por um tiro na cabeça antes de colidir com um poste no bairro de Muçumagro, em João Pessoa, na Paraíba. O incidente ocorreu no dia 17 de novembro de 2024, e resultou na morte de Guilherme e de sua namorada, Ana Luiza, de 21 anos. A investigação apontou que um policial militar foi indiciado por duplo homicídio qualificado, após a confirmação de que a munição utilizada era similar àquela empregada em fuzis da PMPB.
O laudo, assinado por três peritos do Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC), detalhou que a perfuração no crânio de Guilherme foi causada por um projétil que entrou pelo lado esquerdo e saiu pelo lado direito da cabeça. Além disso, a análise do capacete que ele usava revelou marcas compatíveis com a perfuração por arma de fogo. A Polícia Civil não divulgou oficialmente os laudos periciais, e a delegada responsável não respondeu aos contatos da reportagem.
A defesa do policial militar indiciado, Tiago Almeida Filho, afirmou que ainda não teve acesso ao documento de indiciamento e que se manifestará assim que obtiver mais informações. A investigação foi reaberta e transferida para a Delegacia de Homicídios, após a exumação dos corpos dos jovens em julho, a pedido do pai de Guilherme, que acredita que o casal foi assassinado por policiais. Os jovens foram sepultados novamente no dia 17 de agosto no cemitério Nossa Senhora da Boa Morte, em Bayeux.
