A obra 'Candeia de Canto', lançada em 1999, é um tributo à rica tradição poética do sertão brasileiro, escrita pelo poeta Manoel Bueno de Brito, conhecido como Nequito. O título simboliza a luz e a poesia, representando a conexão entre a natureza e a arte literária. A candeia, que ilumina os espaços sertanejos, é utilizada como metáfora para a individualidade e a solidão que, ao mesmo tempo, se entrelaçam com a coletividade e a memória cultural da região.
Nequito, em sua obra, explora a polissemia da palavra 'canto', que remete tanto ao espaço físico onde a candeia é colocada quanto à expressão poética que une o criador e sua criação. A poesia se torna um meio de revelação da vida e da existência, refletindo a alegria e a adoração do ser humano. A obra é uma celebração da cultura sertaneja, imortalizando costumes e histórias que permeiam a vida no campo.
A primeira parte do livro, intitulada 'Primeira estação / movimento – Candeia de canto', retrata a primavera no sertão, onde a poesia de Nequito floresce, colorindo o espaço e revelando a beleza da paisagem goiana. A obra se destaca por sua intertextualidade, dialogando com a tradição literária e as experiências vividas no sertão, oferecendo ao leitor uma imersão nas narrativas e memórias que moldam a identidade cultural da região.