A LaLiga, liga de futebol profissional da Espanha, regulamenta o Mercado de Transferências com um sistema de Controle Financeiro que estabelece limites de gastos para os clubes. Desde 2013, essa medida visa prevenir dívidas excessivas e promover a sustentabilidade financeira, permitindo que as equipes conheçam previamente quanto podem investir em seus elencos.
O principal mecanismo desse controle é o Limite de Custo do Elenco (LCE), que considera uma série de fatores, como salários, bonificações e encargos sociais. Para a temporada 2025/26, o LCE não poderá ser inferior a 30% da Receita Líquida de Negócio, um cálculo que inclui receitas previstas e despesas não esportivas, além do pagamento de dívidas.
Clubes que excedem o limite podem gastar até 50% do valor reduzido, com um aumento temporário para 60% nas temporadas 2024/25 e 2025/26. Jogadores considerados “franquia” podem ter um limite de até 70%. O registro de atletas depende da aprovação dos departamentos financeiros da LaLiga, que utilizam tecnologia avançada para garantir a conformidade com as regras.
Desde a implementação do Controle Financeiro, a dívida dos clubes com o setor público caiu de 650 milhões para apenas 3 milhões de euros, e os salários atrasados foram quitados. A liga também permite exceções para casos especiais e aplica sanções a quem descumpre as normas, reforçando seu compromisso com uma gestão responsável e sustentável no futebol espanhol.