O economista Paul Krugman, laureado com o Nobel de Economia em 2008, expressou sua opinião sobre a permanência de Jerome Powell na presidência do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos. Em um artigo publicado nesta quarta-feira, 16, Krugman afirmou que não acredita que o presidente Donald Trump consiga demitir Powell antes do término de seu mandato, previsto para maio de 2024. No entanto, ele alertou sobre as implicações da escolha de um possível sucessor.
Krugman destacou que Trump deve continuar a pressionar o Fed para a redução das taxas de juros, mas a verdadeira preocupação reside na escolha de quem sucederá Powell. O economista mencionou que qualquer nome indicado por Trump provavelmente atuará sob forte influência do presidente, o que poderia comprometer a independência do banco central. "Quem quer que ele escolha depois disso fará o que ele mandar", afirmou Krugman.
Recentemente, Trump negou planos de demitir Powell, mas renovou suas críticas ao presidente do Fed. O The New York Times revelou que Trump compartilhou um rascunho de uma carta de demissão com deputados republicanos, levantando especulações sobre sua intenção. Krugman sugeriu que o ex-diretor do Fed, Kevin Warsh, é uma escolha provável, mas alertou que Kevin Hasset, atual chefe do Conselho Econômico Nacional, pode ser o favorito, apesar de sua falta de princípios independentes.
O economista enfatizou a importância da credibilidade institucional do Fed, considerando-a seu "ativo mais valioso". Ele expressou preocupação de que a crescente politização do banco central possa ter consequências negativas para a economia americana, afirmando que a pressão por taxas de juros mais baixas não é justificada por fundamentos econômicos sólidos. Krugman concluiu que o Fed pode se tornar tão politizado quanto o restante do governo federal.