O Kremlin afirmou nesta terça-feira (22) que não espera "avanços milagrosos" nas negociações entre Rússia e Ucrânia, agendadas para quarta-feira em Istambul. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, destacou que Moscou manterá suas exigências máximas para encerrar a ofensiva militar, apesar da pressão internacional, especialmente dos Estados Unidos, que impuseram um prazo de 50 dias para um acordo.
Peskov também mencionou que ainda há "muito trabalho a ser feito" antes de um possível encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky. A delegação ucraniana será liderada pelo ex-ministro da Defesa Rustem Umerov, enquanto a composição da equipe russa não foi divulgada. As posições de ambos os lados permanecem "diametralmente opostas", segundo o porta-voz.
As exigências da Rússia incluem a cessão de quatro regiões ucranianas e a Crimeia, além do fim do fornecimento de armas ocidentais. Por outro lado, a Ucrânia demanda a retirada total das tropas russas e garantias de segurança do Ocidente. O clima de tensão se intensifica, com novos ataques resultando em pelo menos cinco mortes nesta terça-feira, incluindo uma criança em Kramatorsk, em um bombardeio russo.
Enquanto isso, Zelensky manifestou a intenção de discutir novas trocas de prisioneiros e o retorno de crianças ucranianas levadas para a Rússia, além de expressar o desejo de preparar uma reunião com Putin para buscar uma resolução definitiva para o conflito.