O Knesset, parlamento de Israel, aprovou nesta quarta-feira (23) uma moção simbólica que solicita a anexação da Cisjordânia. A votação, que ocorreu em Jerusalém, contou com 71 votos a favor e 13 contra, e embora não tenha caráter vinculativo, gera pressão política sobre o governo israelense para formalizar a anexação na legislação nacional.
Desde a Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel exerce controle sobre a Cisjordânia, mas a maioria das autoridades internacionais considera essa ocupação irregular, reconhecendo a região como parte de um futuro Estado palestino. A moção aprovada afirma que Israel deve estender sua soberania e jurisdição sobre todas as áreas de assentamentos judaicos na Judeia, Samaria e no Vale do Jordão.
O presidente do Knesset, Amir Ohana, defendeu a moção, alegando que a Cisjordânia é uma parte histórica e inseparável de Israel, e que a manutenção do controle sobre a região é essencial para a segurança e o futuro do território judeu. A aprovação da moção pode intensificar as tensões com a comunidade internacional, especialmente com a ONU, que poderia considerar a medida como uma violação do direito internacional.
Desde 1967, Israel tem construído assentamentos na Cisjordânia, com uma expansão significativa a partir dos anos 2000, impulsionada por nacionalistas do partido Likud. A situação permanece complexa e delicada, refletindo as profundas divisões entre israelenses e palestinos na busca por uma solução pacífica.