A Justiça de São Paulo determinou, nesta quarta-feira (23), a suspensão da instalação de grades de aço ao redor do Centro de Convivência Cultural de Campinas. O juiz Mauro Iuji Fukumoto solicitou que o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat) se manifeste sobre a obra, que foi concluída em 4 de julho, mas gerou polêmica nas redes sociais.
O cercamento do espaço, reaberto após 14 anos, foi criticado pela Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea-SP), que o classificou como um retrocesso urbanístico. A prefeitura, por sua vez, afirmou que o local permanecerá aberto ao público diariamente, das 8h às 19h, e que o projeto foi aprovado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc).
Em nota, a administração municipal destacou que o cercamento visa proteger o teatro de arena e garantir a segurança do patrimônio, além de evitar problemas como uso de entorpecentes e fogueiras no local. A prefeitura aguarda a manifestação do Condephaat sobre a instalação das grades, que, segundo ela, está em conformidade com a legislação de tombamento e critérios técnicos de preservação.
A decisão judicial também incluiu a verificação da instalação das grades por um Oficial de Justiça, ressaltando a necessidade de análise do impacto da obra em um espaço tombado. A discussão sobre o cercamento do Centro de Convivência Cultural continua a gerar debates sobre o direito à cidade e a acessibilidade dos espaços públicos.