A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu, nesta sexta-feira (11), a eleição antecipada para a presidência da Câmara Municipal de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A decisão liminar foi proferida pelo juiz Nilson Luís Lacerda, da 2ª Vara Cível, em resposta a um mandado de segurança apresentado pelo vereador Igor Menezes (PT), único parlamentar de oposição ao atual presidente, Markinho Gandra (União Brasil).
A eleição, que reconduziu Gandra ao cargo para o período de 2026, foi realizada de forma antecipada, contrariando a legislação que previa sua realização apenas no final do ano. O juiz argumentou que a antecipação fere princípios democráticos, dificultando a alternância de poder e expondo a Mesa Diretora a arranjos políticos instáveis.
O magistrado também destacou que uma nova eleição poderá ser convocada, mas somente a partir de outubro, conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida ocorre em um contexto de instabilidade política, com rumores de articulações de uma chapa de oposição dentro do legislativo local.
Em nota, a Câmara de Belford Roxo informou que ainda não foi notificada da decisão e defendeu a legalidade da eleição, afirmando que todas as informações relacionadas a contratações e salários estão disponíveis no Portal da Transparência. A presidência da Casa não se manifestou diretamente sobre os questionamentos do Tribunal de Contas e do Ministério Público relacionados à falta de transparência nas contas da Câmara.