A Justiça do Rio de Janeiro revogou, em 2 de julho, a prisão preventiva de Anna Clara de Assis Barroso, acusada de assassinar sua amiga Nayra Jeovanna Coutinho de Souza em Arraial do Cabo, em abril de 2023. A decisão foi tomada após mais de dois anos de reclusão e levou em consideração a dependência química da acusada e o tempo excessivo de prisão cautelar.
O advogado de defesa, Filipe Roulien Azeredo Guedes Camillo, destacou que Anna Clara se encontra em situação de vulnerabilidade, agravada pelo uso abusivo de substâncias entorpecentes. Ele afirmou que a versão apresentada por sua cliente aponta para coação de terceiros durante o crime. Com a revogação da prisão, Anna Clara responderá ao processo em liberdade, sob medidas cautelares, incluindo acompanhamento médico especializado.
O crime ocorreu na madrugada de 18 de abril, quando Anna Clara alegou que ambas foram vítimas de um roubo. Segundo sua versão, um criminoso as forçou a se ferirem mutuamente e, em seguida, ateou fogo em Nayra, que não sobreviveu aos ferimentos. No entanto, a investigação da 132ª DP indicou que a versão de Anna Clara era contraditória e que havia indícios de sua participação no homicídio.