A Justiça de São Paulo reclassificou a morte de Guilherme Dias, um marceneiro de 26 anos, como homicídio doloso, após pedido do Ministério Público. O incidente ocorreu em 4 de julho, quando Guilherme foi atingido por um tiro na cabeça disparado pelo policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, enquanto tentava pegar um ônibus na Zona Sul da capital paulista.
Inicialmente, a morte foi classificada como homicídio culposo, mas a Promotoria argumentou que a análise deveria ser feita pelo Tribunal do Júri, uma vez que o caso apresenta indícios de intenção de matar. O juiz Diogenes Luiz de Almeida Fontoura Rodrigues acatou o pedido e determinou a redistribuição do caso para uma das Varas do Júri do Foro Central.
O tio de Guilherme, Roberto Souza, expressou esperança de que a justiça será feita e criticou a atuação do policial. O PM alegou ter confundido Guilherme com um assaltante durante uma abordagem, mas a versão será analisada no Tribunal do Júri. A Secretaria da Segurança Pública informou que o policial está sob investigação e que a formação da corporação inclui disciplinas sobre Direitos Humanos e combate ao racismo.