A Justiça de Minas Gerais determinou, nesta quinta-feira (24), uma série de medidas emergenciais contra a Emicon Mineração e Terraplenagem, responsável pela barragem B1-A, em Brumadinho. A decisão foi motivada pela elevação do nível de risco da estrutura, que passou de 1 para 2, conforme recomendação da Agência Nacional de Mineração (ANM) na quarta-feira (23). Apesar do aumento do nível de emergência, famílias da comunidade de Quéias ainda permanecem em suas residências, embora a prefeitura tenha anunciado que a evacuação deve ocorrer ao longo dos próximos dias.
A Justiça impôs multas diárias de R$ 5 mil aos sócios da Emicon, além da apreensão de seus passaportes, para evitar que deixem o país. A ANM informou que a falta de sistemas de alerta e monitoramento na barragem contribuiu para a elevação do risco. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também destacou que a empresa tem descumprido obrigações legais e ambientais desde outubro de 2024.
A Defesa Civil de Brumadinho foi convocada a informar quantas pessoas residem na área de risco e quais medidas foram adotadas desde o alerta da ANM. A Justiça enfatizou a necessidade de evitar que Brumadinho seja novamente palco de uma tragédia, relembrando o rompimento da barragem da Vale em 2019, que resultou na morte de 270 pessoas. A evacuação das seis famílias identificadas como em risco já está em andamento, mas a prefeitura não definiu uma data exata para a realocação completa dos moradores.