A Justiça Federal realizou uma vistoria nesta terça-feira (22) em um bairro de Maceió, onde moradores relataram rachaduras nas casas e afundamento do solo. A inspeção, que envolveu autoridades e técnicos, teve como objetivo avaliar a situação das residências e discutir possíveis realocações e indenizações para as famílias afetadas.
A região, que abriga mais de três mil habitantes entre a Lagoa Mundaú e o bairro Bom Parto, enfrenta problemas estruturais desde 2018, quando o solo começou a ceder devido à mineração de sal-gema pela Braskem. Parte do bairro foi desocupada, mas muitos moradores ainda permanecem em suas casas, convivendo com o medo e a insegurança.
Durante a vistoria, a procuradora da República Roberta Bomfim observou que as condições das residências são preocupantes, com fissuras e patologias que indicam um agravamento da situação. Os moradores, como Maria Conceição Silva, expressaram sua angústia diante da deterioração de suas casas, que habitam há décadas.
A Braskem, em nota, afirmou que segue o mapa de risco estabelecido pela Defesa Civil de Maceió e já investiu mais de R$ 12 bilhões em ações de compensação e monitoramento. A situação continua a ser monitorada, enquanto a comunidade clama por soluções mais humanas e efetivas para garantir a segurança e o bem-estar dos residentes.