A Justiça Federal em Pernambuco condenou oito integrantes de uma mesma família por envolvimento em uma organização criminosa que fraudava a Previdência Social. A decisão, proferida pelo juiz federal Felipe Mota Pimentel na quinta-feira (17), resultou em penas que variam de 12 a 18 anos de prisão em regime fechado, com possibilidade de recurso.
As investigações, conduzidas pela Polícia Federal através da Operação Grife, revelaram que o grupo atuou entre 2016 e 2023, utilizando documentos falsos e 'idosos de aluguel' para obter benefícios indevidos. O esquema causou um prejuízo estimado de R$ 117,1 milhões aos cofres públicos, com 727 benefícios fraudulentos identificados.
A quadrilha, composta por três núcleos familiares, realizava o planejamento dos golpes, produção de documentos falsos e recrutamento de idosos para a execução das fraudes. Além das penas de prisão, os réus também foram condenados ao pagamento de multas e reparação dos danos causados. Medidas cautelares foram impostas, incluindo a proibição de uso de redes sociais e a obrigação de comparecimento periódico à Justiça.