A Justiça Eleitoral de Mato Grosso cassou, nesta quarta-feira (9), o diploma da vereadora Monnize Costa (União Brasil) e anulou os votos que a elegeram em 2024, devido a acusações de abuso de poder econômico e compra de votos. A decisão também torna Monnize e seu pai, Eder de Moraes Dias, inelegíveis por oito anos. Eder, ex-secretário da Fazenda, foi identificado como operador financeiro da campanha.
O juiz Raul Lara Leite, da 7ª Zona Eleitoral, determinou ainda o pagamento de multa de R$ 53.205,00 e enviou o caso ao Ministério Público Eleitoral para a possível abertura de ação penal. Durante as investigações, foram encontrados registros de pagamentos a eleitores e gastos não declarados, incluindo um caderno com anotações que indicavam a compra de votos, além de R$ 6 mil em espécie apreendidos em um hotel onde Eder estava hospedado.
A decisão judicial foi motivada por uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) proposta por Edimilson Freitas (PL), que concorria ao cargo de vereador e perdeu para Monnize. A campanha da vereadora ultrapassou o teto legal de gastos, que é de R$ 39.426,22, com valores anotados entre R$ 250 mil e R$ 300 mil. Monnize, que é médica e pós-graduada em pediatria, foi eleita com 377 votos, representando 2,94% do total.