O Departamento de Justiça dos Estados Unidos solicitou, na última sexta-feira (18), o desbloqueio das transcrições do grande júri relacionadas ao caso de Jeffrey Epstein e sua ex-namorada, Ghislaine Maxwell. O procurador-geral adjunto Todd Blanche argumentou que a transparência é fundamental para a administração, especialmente após críticas por não divulgar novos documentos da investigação sobre Epstein, que se suicidou em 2019 enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual.
Ex-promotores federais, incluindo Sarah Krissoff e Joshua Naftalis, expressaram ceticismo quanto à relevância das transcrições, afirmando que elas provavelmente conterão informações limitadas. Krissoff descreveu o pedido como uma "distração", enquanto Naftalis destacou que as apresentações do grande júri costumam ser breves e focadas apenas em obter acusações, sem revelar a totalidade das evidências coletadas.
Ghislaine Maxwell, atualmente com 63 anos, cumpre uma pena de 20 anos de prisão por seu papel no tráfico sexual de menores, enquanto Epstein, que morreu aos 66 anos, foi acusado de crimes semelhantes. Ambos os ex-promotores acreditam que as transcrições, que podem ter apenas algumas dezenas de páginas, não trarão novas informações significativas ao público. Além disso, a questão do anonimato das vítimas permanece delicada, já que muitas ainda não se manifestaram publicamente sobre os abusos sofridos.