A Justiça americana decidiu não divulgar os depoimentos colhidos em uma ação envolvendo Jeffrey Epstein, empresário acusado de exploração sexual de menores e amigo do ex-presidente Donald Trump. A decisão foi anunciada nesta terça-feira, surpreendendo muitos, especialmente após o pedido de Trump para que o tribunal liberasse as transcrições dos depoimentos do grande júri.
A juíza responsável pelo caso justificou a negativa com base na legislação, que proíbe a divulgação de depoimentos de júri apenas por interesse público. A medida ocorre em meio a uma crescente pressão de apoiadores de Trump, que desejam maior transparência sobre os documentos relacionados a Epstein, especialmente após a morte do empresário em 2019, considerada um suicídio pela autópsia.
Jeffrey Epstein ganhou notoriedade nos anos 90 e 2000 por suas festas que reuniam figuras influentes, mas sua trajetória criminal começou em 2005, quando foi investigado por abusos sexuais. Em 2008, ele foi condenado por prostituição, cumprindo apenas 13 meses de prisão. Desde então, o caso tem gerado interesse tanto de democratas quanto de republicanos, que buscam esclarecer possíveis conexões de outros indivíduos com os crimes de Epstein.
Recentemente, o "Wall Street Journal" revelou que o nome de Donald Trump aparece em documentos relacionados ao caso, embora ser mencionado não implique em crime. A relação entre Trump e Epstein é objeto de investigação, especialmente após a revelação de que Trump enviou um cartão de aniversário a Epstein em 2003. O ex-presidente processou o jornal por suas reportagens sobre o assunto.